domingo, 30 de janeiro de 2011

Relato de Viagem - México parte II - Riviera Maya

Para sair de Cancún, procuramos no shopping La Isla um carro para alugar. Já que tava chutando o balde mesmo, vi a oportunidade de realizar um sonho: dirigir um Jeep e sentir o vento caribenho no rosto! No começo, fiquei frenético, me achando o maior explorador das terras maias! Bom, alugar um Jeep não foi tão boa idéia assim... vocês vão entender o porquê...

Depois de procurar várias operadoras, encontramos a mais em conta de todas: Avis. Pegamos então um Wrangler e partimos para o próximo destino mexicano: a Riviera Maya.

Ficheiro:RivieraMayaMap.svg





Já que estávamos com um Wrangler com capota removível, não podia deixar de percorrer a Riviera Maya sentido o vento no rosto. Teimoso, apesar das orientações de minha esposa, resolvi abaixar a capota. Nos primeiros 10 minutos da viagem estávamos nos sentindo o máximo (ainda mais quando fui mudar a estação do rádio, cansado de ouvir aquelas músicas mexicanas que mais parecem uma mistura de calypso com Lindomar Castilho, encontrei uma estação que tava tocando Julieta Venegas - Limon y Sal, foi marcante). Depois dos 10 primeiros minutos, o preço de parecer um explorador de terras estrangeiras começou a aparecer. Como não era de se esperar o contrário (como diz a Lady Gaga, hot like mexico!!!) estava muuuuuito quente! O calor estava acabando conosco, principalmente com minha esposa que odeia sol, e o vento refrescante que esperava sentir no rosto parecia que estava mais quente que o sol.

Quando o calor venceu o status de descolado, resolvi parar o carro e fechar a capota. Quem disse que consegui????? Parecia que a lona tinha encolhido uns 10 cm e eu não conseguia fechar a capota de jeito nenhum. A solução foi andar mais quase 100 km segurando o volante com uma mão e a capota com a outra até chegar em Playa del Carmen. Mas o pior de tudo foi ter que ficar ouvido um "eu não disse"sem ter nenhum argumento. Ah, como pra pobre todo o castigo é pouco, fomos obrigados a lembrar que o nosso carro (alternativo demais para uma lua de mel) não tinha ar condicionado.... Eita calor!!!

Bom, a Riviera Maya é uma zona turística banhada pelo mar do caribe de ponta a ponta que fica no mesmo estado de Canún, Quintana Roo. Resumindo, é uma grande faixa de praia (130 km) que começa depois de Cancún, desde Puerto Morelos a norte, até à localidade de Punta Allen no sul do estado.

O nosso ponto de apoio para conhecer a Riveira Maya foi Playa del Carmen, o segundo maior balneário da costa depois de Cancún. A cidade é super charmosa, mas sem perder a infraestrutura turística, com um grande centro gastronômico e lojas de artesanato concentrados na Quinta Avenida, a principal rua da cidade. Playa del Carmen é tudo que um casal pode esperar de uma viagem romântica. Costumo dizer que Cancún está para Playa del Carmen assim como a badalada Ipanema está para Búzios, no Rio. Se você procura tranquilidade e ambientes charmosos, com certeza seu lugar é a Playa del Carmen. Já se o que você procura é mega resorts e balada, vá para Cancún.

Além da cidade que é maravilhosa, Playa del Carmen é o ponto de acesso mais próximos de grandes atrações mexicanas como o parque Xcaret, uma dos melhores lugares do mundo para mergulhar: a ilha Cozumel, e Tulum.

Na Playa del Carmen, tinha reservado com muita antecedência o Hotel Basico. Primeiramente tinha ficado com muita dúvida de qual hotel alugar. Como estava vindo de um mega resort, procurei algo diferente, mais descolado e alternativo, bem a cara do lugar para onde estávamos indo. E é essa a proposta do Básico, ser alternativo. As paredes são de concreto e ele possui uma decoração super inusitada, com pés de patos, neons vermelhos no quarto (hehehe), bóias, persianas de borracha (que ódio, horrível para quem quer privacidade!) e piscinas que eram tanques de água. Localização melhor não poderia existir, bem na quinta avenida! Mas, sinceramente, achei alternativo demaaaais (assim como o Jeep) para uma lua de mel.








Em Playa del Carmen tivemos a melhor experiência gastronômica da viagem! Em meio a enorme variedade de restaurantes da Quinta Avenida, encontramos um que me chamou atenção pelo nome: Frida. O restaurante Frida não é dos mais chiques e luxuosos, mas com certeza foi a melhor comida da viagem. Pedimos um camarão flambado que o cozinheiro fazia direto na nossa mesa. Imperdível! Não tirei nenhuma foto lá, mas consegui uma na internet:



No dia seguinte fomos conhecer um dos pontos altos do lugar: a ilha Cozumel. Cozumel é a maior ilha do México, com 14 km de largura e 50 km de extensão. A ilha era chamada pelos maias de Cuzamil, que significa lugar das andorinhas. Nessa ilha é possível encontrar vestígios da ocupação maia, mas o ponto forte de Cozumel é o mergulho, considerado como um dos melhores lugares do mundo para a prática do esporte!

Para chegarmos em Cozumel pegamos um ferryboat em Playa del Carmen e ancoramos no píer de San Miguel de Cozumel, a única cidade da ilha. Perto do cais funcionam lojas de artesanato (pode-se encontrar garrafas de tequila por 5 dólares) e restaurantes, inclusive um Hard Rock Café, onde almoçamos. Antes de embarcarmos, já tínhamos fechado um pacote em Playa del Carmen para fazer um passeio de barco e mergulho com snorkel em três pontos da ilha. Foi muito bom!!!! Foi a minha primeira experiência com mergulho e foi ótimo, vimos vários peixes de todas as cores e tamanhos. Infelizmente não tinha uma máquina a prova d'água para tirar fotos do passeio, mas com certeza recomendo!





No dia seguinte, pegamos nosso Jeep para explorarmos a Riviera,  com o objetivo de conhecer Tulum, que havia lido que era a única ruína do mundo que ficava na praia. No caminho, vimos uma placa que indicava o caminho para Akumal, que não sabia direito o que era, mas já tinha lido em algum site. Resolvemos conhecer. Que lugar fantástico! Akumal é um misto de balneário e vila de pescadores que não foi atingido pela exploração turística e com natureza preservada. Desde 1980 Akumal passou a atrair mergulhadores por ser um ponto de reprodução de tartaruga verde e migração de algumas baleias.

Em Akumal encontrei uma escola de mergulho e encarei um mergulho com cilíndro. Foi a maior experiência com a natureza que já tive! Paguei por volta de 150 dólares. No começo tive que assinar um termo de responsabilidade dos riscos do mergulho. Depois assisti um vídeo com as instruções e linguagem do mergulho, por volta de meia hora. Após fui fazer um treinamento numa piscina, com uma mergulhadora do Canadá muito simpática, que havia largado tudo para viver nessa vilazinha fazendo mergulho.

Por fim, fui com o grupo para o mar, imensamente azul e lindo. Quando estávamos no alto mar fizemos a descida para um mergulho de 40 metros! Que sensação maravilhosa! Nadei no meio de muitos peixes, cada um mais lindo que o outro. De repente, tive uma excelente surpresa: o guia fez sinal para todo o grupo e apontou para uma tartaruga gigaaante que parecia que dormia no fundo do mar. Mas foi só a primeira delas! Ao todo vi umas 8 tartarugas, inclusive nadei entre elas... Não tenho nem palavras para descrever a emoção que foi. Que arrependimento de não ter comprado uma caixa estanque antes para a máquina. Queriam cobrar cerca de 100 dólares pelas fotos, mas não tive coragem de pagar.





Após o mergulho em Akumal, partimos em direção à Tulum. Situada em um rochedo com vista para o Caribe, Tulum é um sítio do final do período maia. Viveu seu apogeu de cerca de 1200 DC até a chegada dos espanhóis. É muito lindo e tem ótimas praias para se refrescar do calor de matar  do México.













Depois de Akumal, lá pelas 4:30 da tarde, mortos de fome, fomos procurar um lugar para comer num vilarejo perto. Quando entramos no restaurante (infelizmente não lembro o nome), logo na entrada tinha várias revistas indicando como um dos lugares mais românticos do mundo! E realmente é... o lugar é um misto de pousada com restaurante, super simples, com mesas e cadeiras coloridas que fica apenas a alguns passos da praia. Bem mexicano e o melhor, éramos os únicos clientes!! Assim acabou nosso dia, comendo um excelente ceviche e admirando o pôr dos sol.






Sem dúvida Playa del Carmen nos fez esquecer todo o sufoco com o carro e o hotel. No dia seguinte voltamos para Cancún onde pegamos um voo para o próximo destino mexicano: Guadalajara!

2 comentários:

  1. Já chorei de rir imaginando as cenas de vocês dois, e digo mais...A sua sorte é que sua mulher não sou eu!!! Eu seria mais chata ainda na história do capote do Jeep.
    Eu amei Tulum quando fui!!! Fiquei curiosa agora para conhecer Akumal...Quando voltar com Marcos vou de certeza!!

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  2. Haha, realmente. Se fosse vc ja ia dizer: "estressei"!!!!! Haha... Suzete, Akumal é o máximo, a cara de vocês. Quero muito voltar... Quem sabe com vcs! Bjss

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